Wednesday, August 30, 2006

ALICE E A FOTOGRAFIA (Texto 05)

Olá!
Vamos falar um pouco sobre a relação entre idosos e crianças?

Espero que gostem!

Um abraço,
Issana

Tema: Respeito aos idosos

Dica
- É interessante fazer com as crianças, após a leitura do texto, uma pesquisa sobre os avós. Pode-se montar um mural de fotos “netos-avós”, fazer exposição de textos, visita a uma casa de idosos ou promover o “Dia do Vovô”.


ALICE E A FOTOGRAFIA

Alice tem 6 anos e está bastante animada, pois, finalmente, foi visitar sua avó, D. Marta, que mora em outra cidade.

Todo fim de ano é a mesma coisa. A família faz as malas e, na maior empolgação, dirige-se para a casa dos avós.

Alice simplesmente adora o passeio. Lá, ela pode aproveitar as férias. Inventa brincadeiras, faz amizade com as meninas da vizinhança e aproveita os mimos e delicadezas da avó, que se esforça para fazer sempre os gostos da menininha.

Um dia desses, a garota viu uma foto, no porta-retrato em cima da cômoda do quarto dos avós. Ela ficou muito curiosa, pois, na fotografia, uma pequena menina sorria para a câmera. A Garota da Foto, que parecia familiar, vestia um vestido rodado todo rosa e tinha os cabelos amarrados em duas tranças, que caíam pelos ombros. A Garota da Foto parecia muito feliz.

Alice ficou intrigada. Quem seria essa menina cuja fotografia ficava ali, tão perto da cama da vovó querida?

Foi correndo perguntar:

- Vovó, quem é essa menina?

A senhora colocou os óculos, pegou a fotografia nas mãos e deu um sorriso:

- Ah, Alice querida, esta sou eu.

- Você, vovó? Como assim??

- Sou eu, quando tinha mais ou menos a sua idade! Tá vendo só como ela se parece bastante com você?

A menina pegou novamente a foto e ficou olhando, olhando...

- Nossa, vó, mas você era tão novinha, hein?

- Pois é. Também já fui criança como você. Também já fui nova como sua mãe. Hoje, estou numa outra fase... Mas tem uma coisa...

- Ééééé??

- É, sim. Mesmo mudando minha casquinha exterior, por dentro continuo a mesma. Com maiores experiências, é claro, mas ainda me sinto, muitas vezes, como esta menininha aqui da foto, cheia de planos e sonhos.

- Que legaall, vovó... – uma idéia nova surgiu na cabeça da Alice – Então quer dizer que eu também um dia vou ficar assim como a senhora?

- Vai, sim, Alice. Se Deus quiser, um dia você também vai ter algumas rugas no rosto, sim. Mas eu espero que você nunca mate dentro de você a menina linda e inteligente que é hoje. Mais que isso, eu espero que você nunca deixe de respeitar os idosos que encontrar na rua, na escola, em casa. Tem que entendê-los e ajudá-los do mesmo jeitinho carinhoso com que me ajuda, quando fazemos juntas aquele bolo de fubá. E por falar em bolo de fubá...

Os olhos da menina brilharam:

- Vamos fazer hoje, vovó??? Eu é que vou misturar a farinha, tá?

- Tá certo, mas sem bagunça, viu?

E as duas foram para a cozinha, de mãos dadas.

Wednesday, August 23, 2006

"Ela está murchando!" (Texto 04)

Olá, amigos!

Recebi, na semana passada, uma visitinha comentada, que me deixou muito feliz. Sugestões e comentários são estimulantes e, por isso, espero que os eventuais leitores caladinhos não deixem de dar seu alô!

A história desta semana é a da Gabriela. Espero que vocês gostem e aproveitem no trabalho de evangelização.

(Decidi parar de indicar faixa etária, pois acredito que, dependendo da abordagem, os textos podem se prestar a faixas etárias variadas. Que vocês acham?)

Abraço fraterno,
Issana


Tema: hábitos negativos/televisão

Dica: é bom, antes da historinha, conversar sobre os hábitos das crianças, em relação à televisão. Depois da história, é interessante questionar se entenderam o que ‘murchar’ significa. Uma outra dica é construir com as crianças, depois do texto, uma televisão de papelão, onde eles apresentariam o Jornal “Vá brincar”, um libelo a favor da vida saudável e da busca da extinção dos excessos.


Texto

Gabriela tem 5 anos e é uma usina de energia. Não pára um segundinho e está sempre inventando coisas novas.

Adora ir ao parque, para andar de patins, gosta de fazer penteados elaboradíssimos, nas bonecas, de brincar de pique na quadra e de fazer novas amizades.

Mas nem sempre foi assim...

Teve uma época em que a Gabriela não saída de frente da televisão. Emendava um desenho no outro, um programa no outro, uma novela na outra, sem parar nem para dar uma respiradinha lá fora.

A vida correndo e ela ali, mastigando biscoitinhos e vendo TV, na maior preguiça.

Um dia, o pai da menina, assustado, chamou a mãe para conferir:

- Ô, Patrícia, você não acha que tá acontecendo alguma coisa com a Gaby, hein?

A mãe olhou, olhou, e disse:

- Tem alguma coisa estranha sim, Sérgio!

Olhou mais um pouquinho e completou, apavorada:

- Nossa filha está MURCHANDO!!

Olhando de perto, era isso mesmo que estava acontecendo: aquela menina fofa e animada estava murchando, como um maracujá que fica muito tempo guardado na geladeira.

O olho era de peixe-morto e a voz, um fiapinho, que repetia sem parar “sai da frente que não posso perder esta parte” ou “mãe, olha que sandália legal, neste comercial; compra uma igual?”.

Os pais ficaram simplesmente apavorados. Nunca pensaram que isso pudesse acontecer.

Levaram a menina para oitocentos e noventa e nove médicos e especialistas, mas a resposta era sempre a mesma:

- Estranho, mas essa menina tem a saúde perfeita! Não entendemos tamanha murchada!

E a pobre menina murchando, sem parar, a olhos vistos. Uma verdadeira tristeza....

O que salvou a garota foi que, um dia, faltou energia elétrica. No começo, foi aquele desespero: “Mããããe, justo agora?? Como é que a gente vai fazer para assistir a tudo, hein? Hein, mãe, hein?”

Reclamou, chorou, esperneou, mas não teve jeito. Sem eletricidade, não tem televisão. Então, eles acenderam umas velas, contaram casos, conversaram sobre a escola e sobre os sonhos que tinham, para o futuro.

Foi tão gostoso que, no outro dia, a menina tinha dado uma desmurchadinha. Uma desmurchadinha leve, mas a mãe, que não era boba nem nada, teve um clique genial:

A partir desse dia, e graças à falta de luz e a uma mãe esperto, Gabriela hoje divide muito bem as coisas. Assiste lá seus programas na TV, mas não é escrava deles. Brinca bastante, respira ar puro e nunca mais murchou.

E você, pequeno espírita, tem murchado ultimamente?

Thursday, August 17, 2006

BOLHAS DE SABÃO (Texto 03)

Olá, amigos!

Espero que aproveitem o texto desta semana...


Muita paz e serenidade no caminho de todos vocês!

Issana




Tema: Fugacidade da existência terrena

Faixa Etária: pode ser trabalhado com todas

Dica
A sugestão é que o texto seja comentado pelo evangelizador e que, no final da leitura, seja feita atividade com bolhinhas de sabão.



Texto


Os meninos hoje arrumaram brincadeira nova. Atenderam ao convite do avô e foram para o quintal, para soltar bolhinhas de sabão. Cada um tem seu próprio kit com copo, água, sabão e tubo de caneta.

A animação é enorme. Os meninos não se cansam. Produzem bolhinhas e mais bolhinhas. No intervalo, enquanto observam as bolhas se equilibrarem no ar, eles comentam:

- Olha só, aquela tá indo lá pro alto!

- Gente, gente, gente, gente!!!! Olha só como a minha ficou grandona!!!

- Agora, vou fazer chuva de bolhinha!

- Como assim, chuva de bolhinha??

- Um monte de bolinhas pequenininhas que vão subir agarradinhas. Quer ver?

- Ah, entendi, quero ver!

- Lá vai!!!

- Puxa, que legaaaaaaaaal!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

O avô não perdeu a oportunidade:

- Sabiam que o nosso vida material é quase uma bolhinha de sabão??


- O que que é, vô? Quer dizer que a gente é feito de sabão em pó?

O avô deu uma risadinha:

- Espertinho, você, hein? Mas não estou falando de sabão em pó, não. Vejam só o que acontece com esta bolha que vou fazer.

E fez uma bolha enorme.. Ela foi subindo, subindo, subindo...Era um arco-iris mágido, flutuando em direção ao céu azul.

Depois de se agitar no ar por um tempo, a bolha estourou, soltando pinguinhos de água nos meninos que, ali embaixo, acompanhavam a evolução, de boca aberta, encantados.

- Ah, que pena, vô.... Que peninha que durou tão pouco....

- Ah... tava tão bonita... era tão brilhante.

O avô não perdeu a chance:

- Pois a vida material é assim, meus netos, parece uma bolha de sabão. É linda, brilhante, verdadeira bênção de Deus. Nosso corpo, entretanto, é como esta bolha de sabão: um dia, ele se acaba como esta bolha de sabão: puuuufff, pliiiing ... e lá estamos nós, de volta ao Plano Espiritual.

- Nossa, vô, é sério isso??

- É, sim. É super sério. E sabem o que é mais importante??

- É que, depois que a bolha estoura, nosso espírito se vê livre, leve e solto, para continuar o aprendizado e a evolução.

- Mas então a gente não morre??

- Você está entendendo direitinho, meu neto. Que maravilha! É isso mesmo: o que morre como esta bolha de sabão é o corpo físico. O espírito, ou seja, nós mesmos, só mudamos de endereço. É por isso que não devemos achar que o corpo é imortal. Precisamos cuidar dele, que é frágil como as bolhinhas de sabão, mas não podemos achar que nos resumimos a ele. Somos muito mais que bolinhas de sabão, vocês entenderam??

- Legal, vô!! Ei, vou soltar uma maior que a sua!!

E os meninos recomeçaram a brincadeira, enquanto o avô os observava, pensativo. Acho que ele estava torcendo para que os netos tivessem aprendido a lição.

Monday, August 14, 2006

EGO E ORG (Texto 02)

Tema: Egoísmo e Orgulho, chagas da Humanidade

Faixa etária: pode ser lido para todas

Como utilizar:
A leitura com uma entonação de ‘contos de fadas’ é essencial.

É importante pedir a opinião das crianças e fazê-las refletir que “Ego” e “Org” são monstrinhos que trazemos no coração e que é preciso muita atenção para não alimentá-los.

Comentem também sobre “Evangelhex”.


Boa leitura!


EGO E ORG


“O egoísmo, chaga da Humanidade, tem que desaparecer da Terra, a cujo progresso moral obsta”
“A pureza do coração é inseparável da simplicidade e da humildade. Exclui toda forma de egoísmo e de orgulho.” (Evangelho segundo o Espiritismo)



Espiritolândia é uma bela cidade. Nela, moram criaturas muito especiais: Pensamentos, Palavras e Ações

Pensamentos são uns caras caladões, mas muito dedicados e competentes. Eles sempre dão idéias geniais para melhorar o lugar e são chefes das Palavras e das Ações.

Palavras são umas moças espertas e trabalhadeiras. Elas costumam andar aos bandos e, sob as ordens dos Pensamentos, circulam pela cidade inteira, comunicando idéias e sentimentos.

Ações, por sua vez, são umas mulheres de negócio agitadas e realistas, que põem a mão na massa para realizar as tarefas projetadas pelos Pensamentos e divulgadas pelas Palavras.

Hoje em dia, tudo está em paz, na Espiritolândia. Mas nem sempre foi assim, e a nossa história é exatamente sobre os terríveis dias em que as doces terras de Espiritolândia foram atacadas por dois monstros terríveis: Ego e Org.

Tudo começou quando os habitantes da cidade começaram a alimentar, em suas casas, os ovinhos de Ego e Org. Isso aconteceu porque, quando pequenos, Ego e Org pareciam inofensivos. O problema é que, quando alimentados, Ego e Org se transformaram em criaturas monstruosas e atacaram, sem dó nem piedade, Pensamentos, Palavras e Ações. Eles trouxeram destruição e infelicidade para toda a Espiritolândia.

Ego, uma criatura de olho maior que a barriga e umbigo imenso, andava pela cidade, lançando pequenos chips que grudavam na cabeça e no coração dos pobres habitantes, que passavam a repetir, sem parar, frases do tipo “farinha pouca, meu pirão primeiro’, “antes ele do que eu”, “e daí se os outros estão sofrendo? O importante sou eu e pronto”.

Org, um gigante de pé grande e boca gulosa, tocava uma flautinha maldosa, que encantava os habitantes com uma música só: “você é melhor que os outros”, “você é melhor que os outros” , “você é melhor que os outros”, “você é melhor que os outros”


Atacados por todos os lados, Pensamentos, Palavras e Ações passaram a atuar em desarmonia. Ninguém ajudava ninguém, pois todos se julgavam melhores que os outros. Ninguém colaborava, pois cada um só cuidava dos próprios interesses. Ninguém cumpria sua tarefa, pois esperava que os outros a fizessem.

Nuvens escuras pairavam sobre a cidade. Os habitantes andavam de um lado para outro, atacando-se, cheios de ódio e tristeza.

Ego e Org, entretanto, não eram invencíveis.

Depois de um certo tempo, os moradores de Espiritolândia, cansados de tanta destruição, sentiram saudades dos tempos antigos e resolveram reagir.

Eles consultaram sábios antigos e o que descobriram os deixou muito animados: a solução estava no Evangelhex.

Evangelhex era um livro antigo que os habitantes pouco consultavam, naqueles tempos de domínio de Ego e Org. sso acontecia porque, para chegar até o livro sagrado, eles teriam que escalar uma montanha muito alta, chamada Pico do Esforço Próprio, e, para alcançar o livro, eles deveriam dar as mãos e se ajudarem mutuamente. Mas como fazer isso, se estavam sob o comando das terríveis criaturas?

Diante das enormes dificuldades, Pensamentos, Palavras e Ações firmaram o propósito de, houvesse o que houvesse, estarem concentrados apenas num objetivo: encontrar o Evangelhex e destruir Ego e Org.

Unidos, conseguiram chegar ao topo da montanha. Estavam cansados e suados, mas não pararam: abriram logo o livro empoeirado e, lá dentro, encontraram o modo de eliminar os monstros que, lá embaixo, em Espiritolândia, continuavam a espalhar o mal: TONELADAS DE AFETO E AMOR E UMA BOA DOSE DE ORAÇÃO.

De volta a Espiritolândia, eles começaram a colocar em prática as orientações de Evangelhex. Passaram a se tratar melhor, a se ajudar nas necessidades. Deixaram de olhar apenas para os próprios interesses e passaram a amparar os companheiros. Em resumo, passaram a AMAR.

Também se dedicaram à oração sincera e, das casas onde as orações eram feitas, partiam estrelinhas coloridas, que se dirigiam a Ego e Org. Os monstros ficavam incomodadíssimos, mas as estrelas ficavam em volta deles, como borboletinhas. Segundo conta a história, as estrelinhas das preces sinceras enfraqueciam o poder de Ego e de Org.

Depois de algum tempo, algo muito interessante começou a acontecer: Ego e Org começaram a diminuir de tamanho. Foram diminuindo, diminuindo, diminuindo. Um dia, eles finalmente se evaporaram no ar.

Hoje, Pensamentos, Palavras e Ações não são mais vítimas de monstro algum e podem viver em paz. Entretanto, eles nunca esqueceram a lição: é preciso amar e orar, para não alimentar Ego e Org.




Issana

Thursday, August 03, 2006

UMA QUESTÃO DE ESCOLHA (Texto 01)

Tema: Nós é que construímos, através das pequenas e grandes ações, infelicidade ou infelicidade;

- Otimismo é sempre a melhor alternativa, diante da vida

Idade sugerida: crianças maiores, a partir dos 8 anos

Como utilizar:

Vocês vão reparar que o texto está dividido em FICHAS. A idéia é que as crianças escolham o final que querem para a história. O evangelizador vai lendo à medida que as crianças vão optando.

Quando li para as crianças, elas curtiram bastante.

O ideal é que o evangelizador leia (a pedido das crianças, é claro!) as diferentes alternativas, para mostrar que a mesma situação, se for ‘trabalhada’ de jeito diferente, pode dar resultados diferentes.

Como fixação, você pode pedir que elas criem coletivamente (com sua ajuda) uma história, onde também haja dois finais possíveis, um para a escolha ‘correta’ e outro para a escolha ‘errada’.

Vamos ao texto!




UMA QUESTÃO DE ESCOLHA

FICHA 01

Júlia é uma menina inteligente. Ela mora numa casa pequena e acolhedora, no bairro Laranjeiras.

Júlia é bem jovem, mas já aprendeu a fazer escolhas. Quando acorda, por exemplo, ela tem duas opções: pode reclamar do raio de sol que atravessa as cortinas, dos pássaros que fazem algazarra do lado de fora e das tarefas que tem para fazer, ou pode fazer outra coisa: agradecer por mais um dia de vida, pelo sol e pelos pássaros e pela oportunidade de estudo e de trabalho.

Se você fosse a Júlia, o que escolheria?

Se você escolhe reclamar, leia a continuação da história na ficha 02


Se você escolhe agradecer, leia a ficha 22



FICHA 02
Júlia sempre reclama de acordar cedo. A mãe, d. Isamar, tem que chamá-la várias vezes.

A menina se arrasta, mal-humorada, e continua a longa série de reclamações.
Ela diz que o leite está frio e que pão esquentado na chapa é coisa muito ruim. Reclama de vestir uniforme e que a van do transporte escolar chega muito cedo.

Hoje, d. Isamar teve uma conversa muito séria com a filha:

- Júlia, você precisa reclamar menos. Precisa deixar de usar esses óculos escuros aí!

- Óculos escuros, mãe?? Mas eu nem tenho isso!!

- Parece que tem sim, menina. Vê tudo de uma forma escura, pra baixo. Precisa levantar o astral

- Como assim, mãe?

- Minha filha, a mesma situação pode sempre ser vista de duas maneiras. O leite, que você considera frio, pode estar na temperatura ideal, para não queimar bocas mais delicadas. O pão não é fresco porque todos trabalhamos fora e não temos tempo para buscar na padaria, logo de manhãzinha. De tarde, a gente sempre dá um jeitinho e consegue comprar pão saído do forno, quentinho e saboroso, não é verdade?

- Ah, isso é mesmo, mãe...

- O Lucena tem que buscar várias crianças e não pode esperar seus atrasos. Se toda criança atrasasse uns 5 minutos que fossem, já pensou a que horas ele chegaria na escola? Na hora do recreio!

- Sabe que até que é uma boa idéia, mãe?

- E como vocês aprenderiam o que precisam aprender, hein? É muito tempo perdido...

Como dissemos, a vida é feita de escolhas. Júlia pode escolher continuar reclamando, vendo sempre o lado ruim das coisas, ou ouvir a mãe e melhorar o humor, passando a valorizar as oportunidades.

E você, o que escolhe?

Se escolhe continuar reclamando, vá para a ficha 03.

Se escolhe reconhecer que estava errado e passar a ver a vida com outros olhos, vá para a ficha 22 e veja quanta coisa pode acontecer..




FICHA 03
Mesmo tendo sido advertida várias vezes que esse comportamento não era o ideal nem a faria feliz, Júlia passa os dias no maior azedume. Briga com os colegas, quando não atendem seus caprichos e, por isso, aqueles que poderiam ser seus grandes amigos não se aproximam dela.

Reclama dos deveres da escola e, sempre que pode, deixa de fazer um ou outro. As notas dela, por isso mesmo, foram lá para baixo.

Na família, é conhecida como uma encrenqueira de marca maior.

O pior de tudo é o que Júlia sente-se muito só e gostaria muito de ter amigos, boas notas e um bom relacionamento familiar.

O que Júlia precisa fazer para isso?

Tirar os óculos escuros, é claro. Tirar os óculos escuros e passar a ver o mundo com olhos brilhantes e felizes, percebendo oportunidades sagradas no exercício da existência.



FICHA 22
Os dias de Júlia são sempre recheados de boas surpresas, sabem por quê? Poruq ela vê a vida com otimismo e alegria.

Pequenas coisas que acontecem lhe trazem alegria: o pão quentinho na chapa, feito com carinho pela D. Isamar, a conversa alegre com os coleguinhas da van, as brincadeiras na hora do recreio, o aprendizado da sala de aula.

Júlia vê o mundo com bons olhos e, exatamente por isso, tem ânimo e clareza de raciocínio, quando surgem os problemas. Dificuldades com a escola, problemas de falta de dinheiro em casa ou resfriados são enfrentados com coragem e certeza de que é possível superá-los

Quem não gasta suas forças com reclamação e pessimismo, enfrenta melhor os próprios problemas.

E você, querido leitor, que escolha fará para sua vida toda??

Boas-vindas

Olá a todos!

Sejam todos bem-vindos.

Meu nome é Issana. Há 15 anos estou envolvida com Evangelização Infantil. Já fui ‘tia’ de turmas de idades diversas e também coordenei a Evangelização do Centro Espírita Tereza de Ávila, que fica na cidade mineira de Três Corações.

Atualmente, sou ajudante da tia Matilde, no Centro Espírita Irmão Áureo, que fica em Brasília.

Este blog surgiu porque senti a necessidade de compartilhar alguns textos que tenho criado. Junto com as histórias, coloco também algumas sugestões de como utilizar o material.

Pretendo publicar pelo menos um texto por semana e espero a colaboração dos que aqui aparecerem. Sugestões e críticas são muito bem-vindos!

Que a Paz do Divino Mestre de Nazaré nos acompanhe!

Um abraço fraterno,
Issana