Wednesday, August 23, 2006

"Ela está murchando!" (Texto 04)

Olá, amigos!

Recebi, na semana passada, uma visitinha comentada, que me deixou muito feliz. Sugestões e comentários são estimulantes e, por isso, espero que os eventuais leitores caladinhos não deixem de dar seu alô!

A história desta semana é a da Gabriela. Espero que vocês gostem e aproveitem no trabalho de evangelização.

(Decidi parar de indicar faixa etária, pois acredito que, dependendo da abordagem, os textos podem se prestar a faixas etárias variadas. Que vocês acham?)

Abraço fraterno,
Issana


Tema: hábitos negativos/televisão

Dica: é bom, antes da historinha, conversar sobre os hábitos das crianças, em relação à televisão. Depois da história, é interessante questionar se entenderam o que ‘murchar’ significa. Uma outra dica é construir com as crianças, depois do texto, uma televisão de papelão, onde eles apresentariam o Jornal “Vá brincar”, um libelo a favor da vida saudável e da busca da extinção dos excessos.


Texto

Gabriela tem 5 anos e é uma usina de energia. Não pára um segundinho e está sempre inventando coisas novas.

Adora ir ao parque, para andar de patins, gosta de fazer penteados elaboradíssimos, nas bonecas, de brincar de pique na quadra e de fazer novas amizades.

Mas nem sempre foi assim...

Teve uma época em que a Gabriela não saída de frente da televisão. Emendava um desenho no outro, um programa no outro, uma novela na outra, sem parar nem para dar uma respiradinha lá fora.

A vida correndo e ela ali, mastigando biscoitinhos e vendo TV, na maior preguiça.

Um dia, o pai da menina, assustado, chamou a mãe para conferir:

- Ô, Patrícia, você não acha que tá acontecendo alguma coisa com a Gaby, hein?

A mãe olhou, olhou, e disse:

- Tem alguma coisa estranha sim, Sérgio!

Olhou mais um pouquinho e completou, apavorada:

- Nossa filha está MURCHANDO!!

Olhando de perto, era isso mesmo que estava acontecendo: aquela menina fofa e animada estava murchando, como um maracujá que fica muito tempo guardado na geladeira.

O olho era de peixe-morto e a voz, um fiapinho, que repetia sem parar “sai da frente que não posso perder esta parte” ou “mãe, olha que sandália legal, neste comercial; compra uma igual?”.

Os pais ficaram simplesmente apavorados. Nunca pensaram que isso pudesse acontecer.

Levaram a menina para oitocentos e noventa e nove médicos e especialistas, mas a resposta era sempre a mesma:

- Estranho, mas essa menina tem a saúde perfeita! Não entendemos tamanha murchada!

E a pobre menina murchando, sem parar, a olhos vistos. Uma verdadeira tristeza....

O que salvou a garota foi que, um dia, faltou energia elétrica. No começo, foi aquele desespero: “Mããããe, justo agora?? Como é que a gente vai fazer para assistir a tudo, hein? Hein, mãe, hein?”

Reclamou, chorou, esperneou, mas não teve jeito. Sem eletricidade, não tem televisão. Então, eles acenderam umas velas, contaram casos, conversaram sobre a escola e sobre os sonhos que tinham, para o futuro.

Foi tão gostoso que, no outro dia, a menina tinha dado uma desmurchadinha. Uma desmurchadinha leve, mas a mãe, que não era boba nem nada, teve um clique genial:

A partir desse dia, e graças à falta de luz e a uma mãe esperto, Gabriela hoje divide muito bem as coisas. Assiste lá seus programas na TV, mas não é escrava deles. Brinca bastante, respira ar puro e nunca mais murchou.

E você, pequeno espírita, tem murchado ultimamente?

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