"Quem é meu próximo?" - Texto 13
Olá, Pessoal!
Quero agradecer MUITO à Sabrina e à Jane, que fizeram comentários super carinhosos e linkaram O Pequeno Espírita, lá no blog delas. Meninas, vocês não imaginam o quanto o apoio de vocês é importante para o projeto!
O texto a seguir é escancaradamente inspirado na Parábola do Bom Samaritano. O legal é trocar o nome dos times, quando for contar, de forma que as crianças entendam a grande rivalidade entre eles.
Abraço fraterno,
Issana
Quero agradecer MUITO à Sabrina e à Jane, que fizeram comentários super carinhosos e linkaram O Pequeno Espírita, lá no blog delas. Meninas, vocês não imaginam o quanto o apoio de vocês é importante para o projeto!
O texto a seguir é escancaradamente inspirado na Parábola do Bom Samaritano. O legal é trocar o nome dos times, quando for contar, de forma que as crianças entendam a grande rivalidade entre eles.
Abraço fraterno,
Issana
TEXTO
Flamenguista animado descia longa ladeira, empoleirado em moto nova. Estava saindo da final de campeonato. Como estava feliz! Tinha sido uma partida difícil, mas um lindo gol, ao final do segundo tempo, garantiu a vitória ao time.
Repassando as cenas alegres dos últimos instantes da partida, distraiu-se, por alguns instantes, e isso foi suficiente para perceber que um pequeno animal atravessava a estrada, bem à sua frente. Não deu tempo de frear e, em ato reflexo, desviou a moto para o acostamento e foi ao chão.
Ficou desacordado por um bom tempo. Quando acordou, percebeu que estava bastante ferido. Arrastou-se para mais perto da estrada e, trêmulo, pensou na difícil situação em que se encontrava: era noite fechada, a estrada não era muito movimentada e o celular estava sem bateria.
Quase que imediatamente, um carro apontou e ele começou a mexer os braços, com muito esforço. O condutor, outro flamenguista apaixonado e professor de ética em renomada universidade, viu a cena daquele estranho homem ensangüentado, e imediatamente pisou no acelerador, falando consigo mesmo: “Que perigo! Como está inundada de sangue esta pessoa! Deve ser algum bandido, que se arrastou até aqui. Não paro de jeito nenhum!” E continuou a viagem, já com o pensamento na aula sobre solidariedade que daria na manhã do dia seguinte.
O pobre homem machucado deu um suspiro fundo. Sabia mesmo que isso aconteceria. Saiu mancando e se sentou, num canto mais afastado. Com atenção, percebeu que, provavelmente, tinha quebrado alguma costela e esfolado todo o braço. A sorte tinha sido o capacete, que lhe tinha protegido a cabeça. A moto jazia num canto e era um punhado de ferros retorcidos.
Esperou por mais de meia-hora, até que descia, pelo caminho, um espírita convicto, voltando de comovente reunião. O flamenguista repetiu o mesmo processo: agitava os braços, esperançoso de conseguir ajuda. O espírita, confundindo acidentado com desencarnado, ficou animado: “Nossa, minha mediunidade aflorou! Comecei a ver espíritos! E como esse espírito aí está sofrendo. Vou fazer uma oração por ele...” E continuou o caminho, satisfeito com a decisão.
O flamenguista viu o carro se afastando, ladeira abaixo, levando boa parte de suas esperanças. A madrugada se aproximava e ele, sem socorro adequado, pensava ter poucas chances de sobrevivência.
Passado certo tempo, dali se aproximou vascaíno, vindo também da partida. Vinha meio chateado com a derrota, mas não deixou de observar a figura desalentada que, vestindo camisa do time rival, estava à beira da estrada, ao lado de moto retorcida.
Freou o carro e, mesmo atrasado como estava, perguntou, preocupado, o que tinha acontecido. Ligou para a ambulância de hospital de cidade próxima e ajudou no que pôde, oferecendo os primeiros-socorros. Quando a ambulância chegou, esperou que o ferido fosse colocado dentro dela e acompanhou-a, em seu próprio carro. Chegando ao hospital, registrou o paciente e, descobrindo que ele não tinha convênio médico, se dispôs a pagar todas as despesas. Comunicou os familiares do flamenguista sobre o acontecido e só foi embora quando, madrugada alta, percebeu que o acidentado já estava em franca recuperação, cercado pelos familiares.
Qual exemplo você acha que deve ser seguido?
(Texto inspirado na sagrada Parábola do Bom Samaritano)